Infografia sobre a Trafaria

A Trafaria faz parte de uma empresa pública, a Silopor, que descarrega e armazena 2,2 milhões de toneladas de cereais e oleaginosas vindos de vários países, mas que está prestes a ser concessionada. Este é um tema que tem gerado muita polémica. Num artigo publicado no Publico, no dia 3 de Fevereiro, está prestes a ser concessionado pela ETE (Empresa de Trafego e Estiva).

Esta concessão que vem para acontecer desde 2000, pretende concessionar 3 terminais portuários – Trafaria, Beato e Vale da Figueira – por onde passam 50% dos cereais que são consumidos em Portugal.

A Infografia pretende ser um “anexo” ao artigo, uma vez que o artigo conta a história da empresa e dos problemas que a têm vindo a acompanhar desde o seu nascimento em 1986. A Infografia explica, ou melhor, mostra, através de texto e grafismo (animação, gráficos) certas informações para melhor se ficar a conhecer estes portos, desde que os cereais chegam até que saem, incluindo as condições que os portos que possuem e que são necessários. De onde chegam os cereais, como funciona o processo que vai desde o barco, passando pelo armazém até aos camiões, entre outros pontos.

Quem ler estes dois artigos fica com uma boa ideia de como funciona a Solipor, de onde vêm os cereais que nós comemos e o funcionamento da empresa. A infografia em especial teve uma boa escolha das cores e a animação é acompanhada de texto fazendo com que o leitor passe a perceber como funciona o armazenamento de cereais, os lucros da Trafaria e o número de empregados, entre outros pontos.

Imagens da Infografia

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Para aceder à Infografia completa aqui fica o link:

 http://www.publico.pt/multimedia/infografia/metade-dos-cereais-consumidos-passam-pela-silopor-113

Humans of New York


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Humans of New York assume-se como um novo projecto no âmbito da narrativa, no qual as imagens fotográficas com carácter de retrato têm um papel crucial.

No Verão de 2010, Brandon, fotógrafo, começou a dar os primeiros passos no projecto. Propôs-se a criar um catálogo extenso sobre os habitantes de Nova York, fotografando cerca de dez mil nova-iorquinos com o propósito de colocar as fotografias num mapa multimédia. Contudo, a certa altura o Humans of New York parecia ganhar vida mas noutros moldes.

“I started collecting quotes and short stories from the people I met, and began including these snippets alongside the photographs.”

 

Da ligação entre retratos que têm como cenário de fundo a vida quotidiana de Nova York, com legendas criadas a partir de citações simples mas fortes dos retratados, surgiu, como Brandon define, um “blogue vibrante” que conta e nos dá a conhecer a diversidade de estórias dos nova-iorquinos.

Na minha óptica, o Humans of New York é uma nova forma de contar estórias e nem por isso menos legítima que a dos formatos tradicionais. Brandon, utilizando retratos e conjugando citações que nos dizem muito sobre o retratado, permite ao público mergulhar numa outra cultura, naquela que é a realidade dos que vivem e são actores de Nova York.

The Beatles

Esta é uma narrativa multimédia feita pelo jornal El País sobre uma banda de rock britânica conhecida mundialmente: The Beatles.

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No início da página principal da narrativa vê-se uma fotografia dos quatro elementos da banda e mais abaixo a caricatura de cada um deles (John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr). Com um click na fotografia do topo acede-se a trinta fotografias da banda, utilizadas para contar a sua história. Carregando com o rato em cima de cada uma das caricaturas tem-se acesso a artigos diferentes: “A vigência de um modelo mágico”; “Histórias e razões que asseguram um êxito de 50 anos”; “Quatro histórias, quatro êxitos” e “Os Beatles, passo a passo, em videogalerias” que remetia para sete artigos que incluíam os tais vídeos.

Por sua vez, em cada um desses artigos existem hiperligações para outros, com temas relacionados. Assim, utilizam-se recursos multimédia (fotografias, desenhos e vídeos) para se ligarem os vários conteúdos, organizando a informação de forma concisa e atractiva para os leitores.

No final da página encontrava-se um passatempo, incentivando os leitores a votarem na sua música preferida, com a possibilidade de ganhar uma viagem a Liverpool, a cidade da banda.

El País é o jornal diário com mais tiragem em Espanha e foi fundado em 1976. Também o seu site é o mais consultado em Espanha e até já tem uma versão brasileira, desde Novembro de 2013.

Admirável Multitasking

Admirável Multitasking

O The Guardian online produziu uma peça que mostra o que é possível fazer com recurso ao admirável mundo da multimédia. Num texto sobre os actores Ben Affleck e Seth Rogen, que estiveram presentes perante dois comités do Senado Americano, o jornal inglês utiliza vídeo, Twitter, texto e até um gif para ilustrar as andanças no Capitólio.

Ben Affleck, que esteve presente para exortar sobre a situação no Congo, aparece num gif, cumprimentando John Kerry de forma estranha e, felizmente, repetida para efeitos cómicos. O leitor também é agraciado com uma foto com vista privilegiada, publicada no Twitter. Seth Rogen, que falou sobre a doença de Alzheimer, tem direito a uma foto retirada dessa rede social e a uma hiperligação para um momento de comédia leve no Senado.

De facto, aquilo que poderia ser uma mera curiosidade – o facto de celebridades terem preocupações sociais e humanitárias – passa a ser motivo de intromissão de redes sociais, vídeos e gifs. Aquilo que poderia ter passado ao lado de muitos cibernautas ganha, devido à aposta numa peça que contém um pouco de tudo, uma maior visibilidade noticiosa. O multimédia é, assim, não só uma forma de mostrar invejáveis capacidades de multitasking, mas também de tornar a notícia mais atractiva, facilitando a sua disseminação.

 

A true story about the power of music

Morreu, no passado dia 22 (Domingo), Alice Herz-Sommer, com 110 anos, a mais velha sobrevivente do Holocausto.

Alice foi também a protagonista do último documentário realizado por Malcolm Clark, que está nomeado para um Óscar na categoria de melhor documentário de curta-metragem. The Lady in Number 6: Music Saved My Life, conta como Alice sobreviveu num campo de concentração durante a segunda Guerra Mundial.

Herz-Sommer e o seu filho, Stephan, estavam entre os menos de 20 mil sobreviventes. O que a salvou foi a música. Aos 5 anos começou a aprender a tocar piano e fez várias apresentações de música durante a sua “estadia” no campo de Theresienstadt. Quando foi libertada voltou para Praga, onde nasceu, e pouco depois emigrou para Israel, onde dava aulas de música. Viva em Londres desde 1986 e ainda tocava piano.

Para Alice a música era tudo: “Music is a dream, music is a dream”

Para comprar ou alugar o comentário, assim como mas informações, consultem: http://nickreedent.com/about/

Este treiler utiliza som, vídeo e fotografia.

Música para o fim da MGF

Música para o fim da MGF

O jornal The Guardian volta a mostrar porque é considerado o timoneiro das “grandes causas”. Depois do programa Prism e dos ataques à NSA e a outras agências secretas, o jornal desenvolveu uma campanha para acabar com a mutilação genital feminina.

Depois de uma série de blogs e notícias, e da criação de uma página dedicada a informar os menos inteirados sobre este assunto, aparece agora este vídeo. Tem o objectivo de sensibilizar os leitores para um problema que, sendo prática de religiões e grupos espalhados por todo o mundo, afecta também a Europa multicultural.

Os maiores amantes do poder de mudança política que os média ainda conseguem ter, ficarão certamente contentes com esta iniciativa. De vídeos gravados em câmaras amadoras e ocultas, passando por uma miríada de assinaturas para uma petição que será entregue ao ministro da educação do Reino Unido, este vídeo musical pode bem ser o empurrão necessário para uma resolução política desta questão.

É, também, a prova de que o jornalismo ainda pode ter um poder agente, não sendo focado apenas para aquilo que se quer ler mas para aquilo que precisa de ser do conhecimento geral. Quem sabe, este pode ser o início de uma revolução que vá para além da mutilação genital, e que passe por dar mais apoio, fundos, educação e oportunidades de igualdade às mulheres que sofreram esta prática.

Introducing Paper

O Facebook lançou Paper, uma app que permite criar um jornal personalizado. A app faz as vezes do cérebro do utilizador, dando ao consumidor a capacidade de apenas ler os artigos e notícias que lhe interessam.

Embora esta seja uma notícia incrível para aqueles que se sentem perdidos no mar de informações inócuas que lemos em todas as plataformas, vai acabar por atormentar jornalistas em todo o mundo. A razão é simples: se podemos apenas ler e ver conteúdos que nos interessam, isso pode significar o fim do jornalismo. De facto, de um conjunto de profissionais cujo trabalho é prodigalizar ao leitor aquilo que necessita saber para perceber o mundo em que vive, passaremos a um mundo de conteúdos vazios, apenas lançados na web porque se sabe que a maioria dos utilizadores escolhe Miley Cyrus, Futebol e Reality Tv como únicas fontes dignas de conhecimento.

Ao contrário de Circa e outras news apps, Paper continua a ser uma plataforma social, o que significa que continuaremos a ser invadidos por notificações, pedidos de amizade, etc. Uma outra diferença prende-se com a estrutura. Esta divide-se em categorias como Well Lived (Saúde) ou Glow (beleza). O consumidor exigente e inteirado daquilo que lhe importa poderá querer apenas ser mergulhado em notícias de beleza, confrontando-se com blogues de moda e receitas de celebridades com corpos esculturais.

Esta nova app vem confirmar finalmente a teoria do futurólogo Alvin Toffler. Na obra “The Third Wave”, publicada em 1980, Toffler previu um mundo em que as notícias são escolhidas a dedo por vários nichos. O telejornal que contém as notícias do dia pode mesmo vir a ser coisa do passado, no sentido em que é ao espectador que cabe a responsabilidade de saber aquilo que deseja filtrar do mundo noticioso.

Será que estamos a ser confrontados com o derradeiro fim do jornalismo? Será que as redacções e plataformas digitais passarão a escrever notícias picantes e sedutoras na tentativa de, não informando, terem uma clientela viciada em trivialidades e disposta a ler mais um perfil de uma moça da Casa dos Segredos? Ficam as perguntas, o medo de sabermos que pode haver gente que nunca ouvirá falar de mutilação genital feminina ou de revoluções ucranianas e, claro, fica o vídeo de apresentação da empresa do senhor Zuckerberg.

Introducing Paper

O Facebook lançou Paper, uma app que permite criar um jornal personalizado. A app faz as vezes do cérebro do utilizador, dando ao consumidor a capacidade de apenas ler os artigos e notícias que lhe interessam.

Embora esta seja uma notícia incrível para aqueles que se sentem perdidos no mar de informações inócuas que lemos em todas as plataformas, vai acabar por atormentar jornalistas em todo o mundo. A razão é simples: se podemos apenas ler e ver conteúdos que nos interessam, isso pode significar o fim do jornalismo. De facto, de um conjunto de profissionais cujo trabalho é prodigalizar ao leitor aquilo que necessita saber para perceber o mundo em que vive, passaremos a um mundo de conteúdos vazios, apenas lançados na web porque se sabe que a maioria dos facebookianos escolhe Miley Cyrus, Futebol e Reality Tv como únicas fontes dignas de conhecimento.

Ao contrário de Circa e outras news apps, Paper continua a ser uma plataforma social, o que significa que continuaremos a ser invadidos por notificações, pedidos de amizade, etc. Uma outra diferença prende-se com a estrutura. Esta divide-se em categorias como Well Lived (Saúde) ou Glow (beleza). O consumidor exigente e inteirado daquilo que lhe importa poderá querer apenas ser mergulhado em notícias de beleza, confrontando-se com blogues de moda e receitas de celebridades com corpos esculturais.

Esta nova app vem confirmar finalmente a teoria do futurólogo Alvin Toffler. Na obra “The Third Wave”, publicada em 1980, Toffler previu um mundo em que as notícias são escolhidas a dedo por vários nichos. O telejornal que contém as notícias do dia pode mesmo vir a ser coisa do passado, no sentido em que é ao espectador que cabe a responsabilidade de saber aquilo que deseja filtrar do mundo noticioso.

Será que estamos a ser confrontados com o derradeiro fim do jornalismo? Será que as redacções e plataformas digitais passarão a escrever notícias picantes e sedutoras na tentativa de, não informando, terem uma clientela viciada em trivialidades e disposta a ler mais um perfil de uma moça da Casa dos Segredos? Ficam as perguntas, o medo de sabermos que pode haver gente que nunca ouvirá falar de mutilação genital feminina ou de revoluções ucranianas e, claro, fica o vídeo de apresentação da empresa do senhor Zuckerberg.

Fidel Castro: The Lost Interview

Esta é uma reportagem multimédia feita pelo estúdio multimédia Blank on Blank, que se dedica a recuperar e a divulgar entrevistas antigas.

Nesta reportagem recupera-se uma entrevista feita a Fidel Castro que foi entregue ao estúdio por Laura Galloway, a neta de um jornalista. Ao remexer em artigos, histórias e cartas escritas pelo avô, encontrou uma cassete que dizia: “Galloway/Castro”, colocou-a no gravador, carregou no play e ouviu a voz de Fidel Castro.

Nesta narrativa multimédia utilizaram-se desenhos e caricaturas em movimento para se refazer a história. Inclui o áudio da entrevista realizada pelo avô, o jornalista Clark Galloway, e tem legendas em inglês. Através de animações e infográficos reconstituiu-se a cassete encontrada por Laura, criando uma espectacular narrativa multimédia.

Blank on Blank é uma organização de multimédia, sem fins lucrativos, que se dedica a transformar entrevistas inéditas com ícones culturais, dando-lhes vida no YouTube, na rádio e em aplicativos móveis. Pegam em entrevistas feitas pelos jornalistas e editam-nas para contar histórias, colaboram com animadores e artistas de vídeo para trazer entrevistas do vintage para a vida.

 

 

The Russia Left Behind

The Russia Left Behind é uma reportagem/roteiro feito por Ellen Barry para o New York Times.

Aqui é explorado o percurso desde São Petersburgo até Moscovo onde a jornalista se encontra e aqui nos conta as várias histórias de pessoas numa Rússia rural e parada no tempo. Desse caminho tortuoso (o sub-título do livro é “A journey through a heartland on the slow road to ruin”) fazem parte 12 horas de viagem onde há lugar para paragens em Lyuban, Chudovo, Veliky Novgorov, Valdai, Pochinok, Torzhok, Chernaya Gryaz antes de chegar a Moscovo.

Esta viagem é animada por um efeito de scrolling em parallax que nos leva, através de um mapa lateral, a cada um dos destinos e são usadas fotografias e vídeos para contar cada história.

São poucas as pessoas que conhecem verdadeiramente a Rússia e, principalmente, o seu interior. Cidades cosmopolitas como Moscovo ou São Petersburgo não têm nada a ver com o interior rural com que nos deparamos aqui. Esta visão é, em grande parte, inovadora nesse sentido. Dá-nos uma perspectiva das cidades menos conhecidas da Rússia, onde não abundam os recursos e os investimentos.